O autônomo entendeu que a vida, em sua maior parte, depende mais dele do que dos outros

Autonomia é uma palavra dita por muitas pessoas, mas experienciada por poucas. Ela nasce em um processo que é iniciado pela heteronomia. Nomia vem de nomos, que significa lei em grego, e hetero é algo diferente ou externo. Daí podemos concluir que a ideia de heteronomia está associada ao aprendizado externo que recebemos daqueles que nos ensinaram ou mostraram como a vida deve ser. Fora de nós existe, portanto, uma lei que nos formou.

A heteronomia entra em crise quando descobrimos que não somos a extensão de nossos familiares e sim indivíduos independentes. Então, encaramos a anomia, que consiste no questionamento, indagação e revisão de toda heteronomia recebida. Desse modo, ela está relacionada a ausência de lei e aos momentos que temos que romper com o que nos formou. Nesse processo fantástico da existência, encontramos a sublime autonomia, fase em que a organização e a ordenação da vida nascem dentro da gente.

Com a autonomia, não é mais necessário que as pessoas nos digam o que devemos fazer ou ser, além de nos ajudar a viver sem a pressão de ser visto ou não. Autonomia é ter a consciência do que realmente desejamos ser e fazer com bem entendermos com a nossa. É também saber quais serão os valores desenvolvidos e quais decisões podem custar o seu bem estar. Quando assumimos as rédeas da própria vida, começamos a caminhar com os nossos pés e não mais sobre os ombros dos outros.

Ser autônomo é ser adulto. É aprender a desenvolver a consciência da vida. É ser para você mesmo o que desejar, pensar e perceber que é mais saudável para os que estão ao seu redor e também para si próprio. Autonomia é a conquista de quem não mais se vê como extensão dos pais e sim uma pessoa que escreve a própria jornada.

Boa Semana!