Por trás de toda rigidez existencial existe uma fragilidade imensa

A rigidez existencial é a cobrança de fazer sempre o melhor. Essa busca por excelência envolve uma forma rígida de viver, pois todo esforço para ser implica em disciplina e organização.

O aprimoramento do ser é algo fundamental para quem deseja uma qualidade de vida considerável. Fazer o bem exige mais envolvimento do que fazer o mal. Viver uma relação com qualidade, por exemplo, demanda mais entrega do que se imagina. Tudo isso pode nos levar a uma perspectiva de que é necessário ser rígido para conseguir uma vida íntegra e verdadeira.

Dessa forma, transformamos o que seria agradável, em uma forma endurecida de viver. Uma boa profissão que nos leva ao encontro de nós mesmos, pode ser tornar pesada diante da cobrança para sermos e fazermos o melhor. Uma relação que cria espaço para crescimento e entrega pode ser tornar árida diante da cobrança rígida para que o amor aconteça dentro das regras relacionais. E, assim, vamos transformando o leve em pesado, o agradável em enfadonho, o belo em feio, o saboroso em amargo.

Toda rigidez, mesmo que seja justificada, endurece a vida por meio de normas e regras, rotinas e extrema organização. Classificando, encaixotando, materializando e matematicando a existência humana. A rigidez existencial bloqueia com o tempo a sensibilidade e impede a percepção do que está diante de nós nos convidando para a flexibilidade, a elasticidade e plasticidade da nossa vida. O momento é de repensar as justificativas para a rigidez.

Boa Semana!