Os espaços que habitamos revelam muito sobre o nosso interior
Apesar do conceito de espaço estar relacionado a aspectos geográficos ou mesmo temporais, eles servem para ilustrar, quase que metaforicamente, o nosso interior. Esses espaços internos, apesar de não serem delimitados, podem ser notados e acompanhados por nós durante o desenvolvimento do nosso ser, ao enfrentar as diferentes circunstâncias da vida.
Temos uma falsa ideia de que avançar em espaços geográficos é o mesmo que expandir o nosso interior, com novos pensamentos e sentimentos. Além disso, muitas pessoas acreditam que, ao se modernizarem por meio da tecnologia, moda e tendências, poderão alterar suas formas de pensar sentir, ver e fazer. Acham ainda que a mudança para melhor está relacionada aos locais que passam a frequentar, por exemplo. Mas com os espaços internos, a evolução não acontece na mesma rapidez ou medida que ocorrem nos espaços geográficos.
Viajamos, conhecemos outras culturas e formas de viver diferenciadas, mas permanecemos inflexíveis, rígidos, intolerantes e violentos. Afinal, em que avançamos? Já chegamos a lua e ainda não conseguimos chegar no coração do outro e nem sei se chegamos ao nosso coração.
Espaços, distantes ou próximos, modernos ou retrógrados, belos ou feios, limpos ou sujos, na realidade, não determinam como estamos por dentro. Podemos estar próximos por fora e longes por dentro. Podemos ser belos por fora e feios por dentro. Podemos estar distantes e tão perto de quem amamos. Quais são as fronteiras do nosso espaço interno? Ampliar por dentro é tão necessário quanto para fora.
Boa Semana!