Muitos de nós tem uma dificuldade imensa de ficar na companhia do silêncio
Barulhos, ruídos, buzinas, tagarelices e outros sons que ocupam nosso dia a dia nos confundem com os nossos próprios sons. Acostumamos a viver com barulho. Muitos de nós não percebem que vivemos imersos a tantos ruídos que o silêncio é quase uma experiência extraordinária da vida. Talvez por esse motivo, quando estamos próximos dos finais de semana, sentimos uma necessidade de programas que nos mantenham mergulhados nas diversas vozes que não são nossas.
Buscar o silêncio é uma forma de conexão com as variadas vozes internas que procuram um espaço para nos dizer o que anda acontecendo dentro de nós. Muitos esquivam-se do silêncio, pois ao escutar a inquietude de sua interioridade sentem que precisam fazer alguma coisa com o que estão ouvindo. Por isso, algumas pessoas resistem ao silêncio e correm para os barulhos que distraem dessas vozes de alerta dentro de nós.
A vida é ouvida no silêncio da nossa interioridade. Para isso precisamos nos dedicar a ele assim como nos dedicamos aos diversos ruídos que perpassam a nossa trajetória. O silêncio nos deixa inquietos porque temos que parar e ouvir a nós mesmos. A retirada para o silêncio da nossa alma é importante e fundamental para construir serenidade dentro e fora de nós.
A inquietude do silêncio é o chamado para ouvir nossa própria voz e diminuir o som das vozes que não são nossas. Desligue o rádio, a tv, deixe o celular um pouco longe, fique sozinho ou sozinha e faça o exercício de aprender a ouvir a sua voz, sentir o som do seu coração, perceber as incoerências dos seus pensamentos. “A vida tem sons que para a gente ouvir precisa aprender a começar de novo, é como tocar o mesmo violão e dele compor uma nova canção” (música “Começo, Meio e Fim” – Roupa Nova).
Boa Semana!