A ação de postergar gera um desvalor sobre o que deve ser feito
Deixar para depois alguma coisa que precisa ser feita, adiar, atrasar, negligenciar a necessidade de executar, desprezar o tempo que se tem para fazer. Todas essas ações giram em torno do que representa a palavra postergar. A sensação que temos é que a prática da procrastinação é um hábito comum entre a maioria das pessoas. Quase tudo é para amanhã sendo que o amanhã é tão incerto quanto a disposição de fazer o que pode ser efetuado agora, hoje, neste momento.
Claro que ser diligente é antônimo de ser um postergador. Fazer algo que pode ser feito de imediato demonstra nosso zelo com a vida e com aquele que nos convidou a ser no ato de fazer. Muitas irritações e conflitos estão centrados na prática da postergação. A confiança em alguém se perde por causa da prática da procrastinação. Quem entrega algo importante para ser feito para alguém que deixa para depois o que precisa ser feito agora?
As relações humanas passam pela prática da diligência. Confiamos naqueles que fazem acontecer aquilo que foi prometido. É muito bom ter por perto alguém que tem a disposição para fazer. Estamos perdendo muito em qualidade de ser quando cultivamos a atitude de postergar. Deixamos para amanhã o perdão que precisa ser dado hoje. Pensamos em outra hora o problema que precisa ser resolvido hoje. Jogamos para a outra semana aquela conversa que carece acontecer agora.
E, assim, vamos perdendo cada vez mais. Perdendo a vida em suas múltiplas oportunidades. Gastando mais energia naquilo que não carece tanto. Jogando o crescimento pessoal para depois, pois agora é cômodo continuar imaturo. Postergar é um tipo de involução e ilusão. Amanhã é tão incerto quanto a disposição daquele que negligência a urgência dos convites para sermos hoje e agora.
Boa semana!