O tempo de cada um é o seu ritmo de bem estar

Se ritmo for mesmo uma sucessão de tempos que se alternam entre forte e fraco, também podemos considerar que ele se configura como um movimento regular e periódico em qualquer processo. Cabe compreender que o encadeamento de movimentos e sons geram o ritmo. O nosso corpo, por exemplo, tem um ritmo, tem tempos fortes e fracos. Assim, nossa reflexão de hoje é sobre como construir uma cadência de movimentos que respeitem os ritmos do nosso corpo.

Ditar as regras para o corpo é como eliminar o ritmo que existe nele e que precisa ser descoberto. Há uma ideia de que é necessário desgastar o corpo ao máximo para que ele possa ser controlado. Nosso corpo precisa do descanso, do prazer, da força, da fragilidade, do recolhimento, da exposição, da dor, do aprimoramento, da flexibilidade, da vitalidade, da vida e da morte. Assim, nesse processo de encadeamento, movimentos e sons devem gerar em nós o ritmo do nosso corpo.

Existe um tempo para a existência do nosso corpo. Cada fase da vida do corpo tem um ritmo que precisa ser descoberto, respeitado e desenvolvido. Nota-se muita gente insatisfeita com os ritmos do corpo. Quero dizer, o seu tempo. Nos ditames do corpo vamos compreendendo a sabedoria de viver em movimentos necessários, importantes e limitados. Cada ritmo é encontrado no alinhamento entre forças e fraquezas. Negar o ritmo do corpo é, muitas vezes, construir insatisfações pessoais, irritações desmedidas, infelicidades inexplicáveis.

Ouvir os sons do corpo, entender os movimentos do corpo e despertar para respeitar o seu ritmo é uma forma de viver com qualidade o tempo que nos foi dado. O sono, o desfrute, o silêncio, o recolhimento, o descanso, a alegria, a inteireza e a sensação de autopertencimento são essenciais para perceber o ritmo do seu corpo. É tempo de acolher o ritmo do corpo.

Boa semana!