Por Milene Costa

 Viajar é uma forma de ampliar horizontes

A viagem é um exercício de saída e amplitude, pois requer movimento, perspectivas e desapegos. Para viajar, é necessário desejar arriscar a própria vida para conhecer o novo e, ao mesmo tempo, deixar-se revelar diante das situações inusitadas. Desde a cultura, a linguagem e o estilo de vida, encontramos na viagem uma relatividade nas formas de existir.

Quando inserimos o valor do movimento no ato de viajar, estamos pontuando sobre a importância de sair da zona de conforto existencial. Nos movimentar por fora, no corpo, nos ajuda a pensar e a ver a vida de forma diferente do que estamos acostumados. Viajar é um movimento que nos retira da rotina.

A maneira de vermos a vida está condicionada a nossa formação, cultura, linguagem, costumes e aos hábitos adquiridos durante nossa jornada. Essa bagagem carrega uma perspectiva sobre a vida. Quando viajamos, ampliamos essas perspectivas, modificamos olhares e percebemos melhor o olhar do outro. Flagramos outras formas de lidar e viver a vida. É tão importante o movimento do olhar quanto o da alma.

Viajar nos incentiva aos desapegos. O desafio de fazer as malas é exercitar a escolha selecionada do que nos será necessário para aquele tempo. Nesse exercício, vamos percebendo que não cabe em uma viagem a nossa vida toda, nem a nossas coisas todas. Na seleção, exercitamos o desapego e, na viagem, percebemos que o pouco é o tudo para estar conosco em alguns dias. Pequenos desapegos são exercícios necessários para grandes rompimentos. Viajar é permitir a experiência do movimento, da perspectiva e do desapego. É importante aprender a viajar.

 

Boa semana!