Por Milene Costa
Uma experiência é intransferível
Experimentar é fazer com que algo se aproxime da realidade. Quando decidimos abrir espaço para fazer uma experiência, estamos saindo da zona de conforto e acessando a singularidade de ser que ninguém pode acessar. Toda experiência é única, pessoal e intransferível.
Ser única é uma característica da experiência. A excentricidade dos sentidos, quando inserida na existência interior de cada um por meio das sensações, não pode ser repetida e nem manipulada. Podemos até fazer comparações similares, mas a singularidade de cada um classifica a experiência como única.
Por esse motivo, a experiência é algo pessoal. Quando se fala em pessoa, convida-se o ser ao momento da sua apropriação como ser humano que sai da coletividade e encontra o seu lugar como parte no universo que compõe o todo. Assim, a pessoalidade é fundamental para uma expressão coletiva mais sensível. No pessoal, me sinto, me respeito, me percebo e vivencio a experiência.
Dessa forma, é intransferível a experiência que amadureceu, fez crescer, doeu, alegrou, sensibilizou, emocionou ou até mesmo indignou. A vivência é daquele que se permitiu atravessar a vida sentindo cada momento na sua riqueza de sensações. Estimular o outro a sentir é convidá-lo a apropriação do ser, a uma experiência única, pessoal e intransferível, que é a condição de existir em sentidos. Permita-se a experiência que gera apropriação de existência.
Boa semana!