Por Milene Costa
Quando compartilhamos a vida encontramos a fraternidade
Compartilhar é todo movimento que nos leva a fazer parte juntos ou arcar juntamente com um propósito. Quando decidimos ser partilha de vida, encontramos a força que existe em nós como comunidade humanitária de viver. Compartilhar é uma forma de estender o que de melhor podemos oferecer para ver em conjunto um efeito maior de nossa atitude. O que se faz necessário para compartilhar mais e melhor?
O exercício da partilha passa pela disposição, pelo recurso e pela alegria. Quando estamos com a vida no movimento da disposição em ser, isto é, distribuir o que de melhor podemos ser, encontramos oportunidades e convites que acolham nosso apetite em dispor e a vida se encarrega de fazer fluir o que desejamos compartilhar. Basta-nos o desapego da indisposição para a disposição e a vida fazer acontecer o encontro.
O recurso não é medido de fora, ele apenas é sinalizado pela necessidade vigente. Ao pensarmos nele, verificamos o que existem em nós e ao redor de nós para oferecer naquele momento que somos convidados a compartilhar. Na partilha, indagamos o que temos no presente que fluirá para o outro como um desejo do passado. A vida não determina o recurso, mas apresenta a necessidade de utilização do que temos e que pode ser partilhado.
A alegria, como adereço que encanta a partilha, acontece quando percebemos que contribuímos para que o melhor pudesse acontecer. Na alegria, encontramos o espírito da partilha. Aquela satisfação interior que diz: fizemos bem com o melhor que tínhamos para compartilhar. Não é a crítica do que poderia ter sido melhor, é a alegria do melhor que fizemos naquele momento com a disposição e o recurso que existia em nossas mãos. A vida simples é aquela que nos movimenta a oferecer o que de melhor podemos compartilhar naquela hora. Vamos compartilhar a vida?
Boa semana!