Por Milene Costa

Se importar é agir pela via da transformação

 

O que é importante para nós? Qual é o nosso lugar da dedicação, do empenho, da entrega e da disposição? Tudo que é considerado importante nos movimenta, nos tira do lugar e nos faz alterar o que for necessário para permanecer o que é relevante. Assim, a importância que damos para alguém está relacionada ao quanto nos importamos com a própria vida. Quando nos importamos, transformamos.

Uma forma de se importar com as pessoas é desenvolvendo a habilidade da observação. A atenção é um exercício de espiritualidade. Quando estamos atentos, percebemos o que está além do corriqueiro, do comum, o que ultrapassa a rotina dos padrões. A atenção é o lugar do coração, onde rompemos os limites racionais, corporais e chegamos na essência da singularidade de cada um de nós.

Outra forma de se importar é fazer algo que modifique o que a atenção nos revelou. Transformar é outro exercício espiritual. Ninguém consegue permanecer sendo a mesma pessoa, pois a vida é um movimento que nos convida a seguir em processos evolutivos, crescentes e desafiadores. Quando permaneço no status quo, bloqueio a fluidez da vida em mim e através de mim. Por isso, quando nos importamos, alteramos os condicionamentos.

O maior afastamento na vida do ser humano é não se importar mais. Por isso, o movimento da importância gera uma sinergia que transporta quem se importou consigo mesmo e com o outro para um local de mútua importância. Ela oferece oportunidades de ampliar a vida, para todos que buscam sentido e se dedicam àquilo que realmente importa em seus corações.