Por Milene Costa

A máscara como símbolo da aceitação social e dos padrões relativos

 

A máscara pode ter vários propósitos como lúdicos, religiosos, artísticos, profissionais, identitários, ritualísticos, existencial e outros. Mas, foi durante essa pandemia que experimentamos uma dimensão social importante para a atenção cuidadosa sobre padrões, valores e costumes. A máscara, que virou acessório de extrema necessidade, está sendo utilizada por todos e todas em diversos modelos, tamanhos, cores e tecidos. Foi acrescentada rapidamente à rotina da humanidade.

Uma máscara poderia ser um símbolo de um exercício leve de mudanças que são acolhidas com mais facilidade e menos resistência. Não deveríamos viver uma mudança apenas com a adesão de todos para ser aceita. Poderíamos acolher as pequenas transformações como processos individuais e coletivos que agregam à expansão dos espaços públicos de expressão da individualidade de cada um.

As diversas máscaras para circulação e proteção durante uma pandemia deveriam ser vistas como atitudes obrigatórias para o movimento seguro de convivência entre nós, quando pessoas utilizam seus estilos e identidades para expressão do que acreditam ser melhor para suas vidas. Dessa forma, o respeito à cor da máscara, ao tecido, à combinação estaria reservada a individualidade de cada um e não ao apontar julgador e as diversas avaliações se está certo ou errado.

Dos legados desta pandemia, um que nos marca de cara, é como mudamos um hábito ou costume e rapidamente nos adaptamos quando temos interesses comuns. Quando uma forma nova é aceita, quando todos estão envolvidos, logo o estilo de cada um é respeitado. Se as máscaras escondem algo ou nos protegem de algo, é tempo de modificar o ritmo da aceitação do novo.

 

 

Boa semana!