Muitas vezes é preciso o distanciamento para termos clareza

Muitas situações em nossas vidas parecem confusas, incompreendidas, obscuras, sem solução e enigmáticas. Quanto mais próximos e envolvidos estamos de algo ou de alguém, mais distantes estamos de enxergar com nitidez a situação. Quanto maior a proximidade, menos visível é a noção do todo, da amplitude, da abrangência e da extensão do que estamos percebendo, sentindo ou entendendo.

A clareza é a possibilidade do afastamento para enxergar melhor o que está acontecendo conosco e com a situação. É como se a vida precisasse dos contínuos afastamentos para ver melhor. Quanto mais olhamos um mapa, por exemplo, mais compreendemos o caminho que precisamos tomar e quais obstáculos vamos enfrentar para fazer a rota necessária para chegarmos ao objetivo. Se ficarmos presos ao limite da rua, não temos noção dos possíveis caminhos para sair daquele lugar.

A clareza é um mapa da nossa existência. Quanto mais nos abduzimos dos lugares emocionais, relacionais, intelectuais, espirituais, existenciais, mais encontramos o que precisamos para responder, agir, mexer, alterar e decidir. A questão que nos impede é que muitos de nós não aceita a condição do afastamento temporário para compreender e perceber melhor o que está acontecendo.

A nitidez fica mais acessível quando nos abrimos para a facilidade e naturalidade do que nos constitui. Nosso olhar pode ser restrito ou amplo. Tudo depende dos recursos que estamos utilizando para a verificação do que existe. Claro que o mapa nos dá o que precisamos para ver o todo e o zoom para verificar os detalhes que não podemos ver a distância. É tempo de ver a vida como um mapa para encontrar caminhos.

Boa semana!