Por Milene Costa

Seguir pelo caminho que está diante de nós é uma sábia alternativa

 

Talvez a maior dificuldade que encontramos para visualizar o caminho que está diante de nós emana daquela “divisão” que comumente aparece em nosso pensamento, o qual aparenta viver entre o passado, com suas lamentações e o futuro, com suas expectativas. Na verdade, é como se estivéssemos tentando amenizar a dores do passado e almejando desfrutar dos prazeres do futuro. Essa dicotomia ilusória pode provocar dores que adoecem nossos sentimentos.

Sair dessa armadilha mental – que busca o controle do incontrolável – é saúde para nossa perspectiva de vida. O passado é imutável e, o futuro é tão improvável quanto o que a nossa mente costuma fazer tentando controlar a vida (e esse controle não passa de ser tentativa, realmente). Aprender a cessar esse movimento estressante, e muitas vezes sufocante, é uma prática de sabedoria.

Existem inúmeros exercícios que nos auxiliam e aqui, desejo sugerir ao leitor algo que pode vir a ser bem eficaz: observar com muitíssima atenção, buscando perceber, procurar com empenho, esse convite que está diante de nós, significa aprender a acolher o que é como é, para assim equivaler ao que o caminho nos convida a ser naquele momento.

Viver entre nossos medos/passados e desejos/futuro, parece cansativo e desgastante para nossa energia vital. Tirar a mente dos tempos que não existem pode significar saúde e bem estar. Se observe e seja uma testemunha da sua própria mente, perceba seus pensamentos, seus medos e desejos, percorra aonde estão associados e/ou fincados. Tira-los do passado ou futuro – pode te levar a encontrar o agora e o caminho a seguir, seja como for. Dessa forma, recuperará a inteireza do seu ser e a proximidade com o que realmente é, esse instante.