Por Milene Costa

O nascimento da esperança é a lembrança do Natal

 

Foi um desafio viver em 2020. Fomos chamados(as) a mexer e remexer em todas as áreas da nossa vida. Muitas mudanças, muitos temores, muitos receios, ansiedade, insegurança, medo. Notícias de mortes por todos os lados. Mortes físicas, mentais, emocionais, espirituais, relacionais. Perdemos em todos os aspectos. De alguma forma, algo de nós já não vai existir mais. Transformamos a vida na força, na marra e no vigor. Claro que não poderíamos ficar com um lado só da história, pois cada situação possui, pelo menos, outras perspectivas.

Ganhamos vida todos os momentos em que nos abrimos ao novo desconhecido. Se por um lado algo fica sempre pelo caminho, ao mesmo tempo, ganhamos muita vida ao atravessar situações que nos desafiam. Muitos expandiram, se adaptaram, renovaram, encontraram caminhos novos, ampliaram a forma de viver, descobriram com quem poderiam contar, construíram, fortaleceram e superaram a própria limitação. Quando a morte caminha com a vida, escolhemos o que desejamos, morrer ou viver. Muitos de nós aprenderam a viver diante de desafios e tempos novos.

Quem somos nós nesta história? Aqueles que ignoraram a situação e continuam achando que são os mesmos? Aqueles que perderam muito em todos os aspectos? Aqueles que reviveram e ampliaram a vida por dentro? Alguém que buscou formas de atravessar com dignidade tempos difíceis? Não sei como você se viu atravessando algo tão grandioso e, ao mesmo tempo, tão assustador. Mas, uma questão é elementar, nunca nos faltará esperança em tempos áridos.

O que vamos celebrar no natal? A esperança! Pois, o nascimento de Jesus foi a marca da esperança quando tudo parecia perdido. A esperança do amor, da solidariedade, da compaixão, do acolhimento, da empatia, da justiça, da inclusão e da presença do reino de Deus por meio das nossas ações. Que a esperança possa nascer em cada coração que ainda precisa amar e ser amado. Feliz Natal!

 

Boa semana!