Por Milene Costa

Os pontos de referência são essenciais quando a vida é colocada à deriva

 

Por vezes, a vida nos apresenta situações que nos colocam à deriva. Aqueles momentos em que não conseguimos nos apegar a mais nada, pois o nosso “tudo” deixa de existir de alguma forma dentro de nós. Estar a deriva é uma maneira de percepção, quando nos sentimos perdidos, ansiosos, inquietos e sem chão. Não sabemos para onde ir e nem como ir.

É necessário saber como reagir em momentos tão distintos e tão comuns que perpassam a nossa jornada. Estabelecer pontos de referências que nos ajudam a focar durante tempos tão incertos é essencial. Quando fazemos travessias sem o controle delas, precisamos apoiar o nosso olhar no que nos direciona. Os pontos de referências são abrigos para os olhos quando o sol está nos cegando ou quando a noite nos impede de ver.

Pontos de referência são localizações, como bússolas, para a alma poder situar onde está dentro de nós, um ponto de apoio que nos faz sentir menos enjoo durante o percurso. É necessário procurar o lugar onde a alma serena, a alma acalma, o espírito fortalece, a visão encontra abrigo para atravessar a tormenta. Procurar e encontrar esses pontos é essencial para novos tempos. Não são entorpecentes, mas sinalizadores que nos motivam a continuar mesmo à deriva.

Encontros, palavras, músicas, filmes, orações, estudos que, aparentemente, não são tão úteis para a produtividade, podem ser fundamentais para o sustento da alma em tempos sombrios. A vida precisa de pontos de referência para manter-se viva dentro de nós. Qual é o seu ponto de referência? Onde você encontra serenidade para a alma quando o caos se torna normalidade transitória?

 

 

Boa semana!