Por Milene Costa
Para ser princípio deve ser universal
Princípio é tudo aquilo que serve como base, fundamento, origem, intento para algo. É a razão que nos movimenta naquela direção. Para ser princípio ético, é necessário ter uma raiz abrangente, ampla e larga que construa espaços para caber ações semelhantes baseadas nesta estrutura. Por esse motivo, um princípio não é um valor pessoal e sim universal, amplo e inclusivo.
Quando pensamos nos princípios da Ser e Pertencer, pontuamos aquela intenção abrangente no exercício da condição humana, como o Respeito a história que cada um carrega, sem juízos baseados no certo ou errado, mas como construção histórica da formação de cada um de nós. Todo respeito cabe nos espaços relacionais, contudo ele carrega um irmão muito próximo que é a Transformação. Para exercitar o respeito é necessário a transformação de quem respeita. Por isso que, para respeitar, na prática, é necessário sair da zona de conforto da assertividade.
No respeito transformador, encontramos o lugar da vida. A vida que vive nos encontros e desencontros. Para isso acontecer, movimentamos a Liberdade como fundamento da condição humana. A consciência da liberdade exercita a auto apropriação, a vida como nossa história. Assim, ser livre é reconhecer o espaço de auto respeito que gera transformação nos outros espaços relacionais. Na Ser e Pertencer, valorizamos e reconhecemos as mudanças e o universo de possibilidades que a consciência desperta em cada indivíduo.
No respeito transformador que nos leva a consciência de liberdade, encontramos a vida experimentada nas múltiplas perspectivas de existir, onde a ética e a experiência ganham valor diante da vida como abertura para conhecer, descontruir e construir com mais leveza e amor todos os tipos relacionais (intrapessoal, interpessoal e transpessoal). Se somos relações, os princípios nos convidam a universalidade e não ao estreitismo espacial.
Boa semana!