Encontramos refúgios para lidar com as questões que precisamos enfrentar
Ao longo da nossa jornada da vida, diversas vezes, temos a sensação de que estamos sempre fugindo de algo. A maioria de nós, por exemplo, tem pânico da solidão, apesar de saber que os sentidos são singulares e individuais. Alguns correm tanto que a impressão é de que estão tentando pegar o vento. Mas o que é perceptível é que todos nós fugimos do encontro que precisamos ter com a nossa interioridade.
Somos marcados por heranças interiores. Algumas desconhecidas para nós, mas que fazem parte da nossa ascendência. Carregamos, dos nossos ancestrais, escolhas, histórias, medos, certezas, alegrias, tristezas, frustrações, lembranças. Infelizmente, hoje, sabemos pouco da nossa história familiar. As pessoas costumam contar mitos e não realidades próximas ao que realmente aconteceu na formação das famílias.
Vivemos em refúgios existenciais e em esconderijos emocionais. Tentamos nos livrar da dor, escondendo a verdade. Dessa forma, construímos muitas sombras sobre os filhos, netos e familiares. Não conhecer nossa história e nem as marcas do que carregamos nos impede de sair das cavernas da alma e voar em outras direções.
Refugiar a alma é tentar se livrar daquilo que consideramos um perigo. Ocultar alguma coisa por vergonha, receio, medo do que vão pensar é impossibilitar a existência da consciência do que carregamos e dos motivos pelos quais transportamos sentimentos desconhecidos dentro de nós. É melhor sairmos dos nossos esconderijos familiares.
Boa semana!